Aumento dos casos de dengue apontam necessidade de intensificar ações de combate ao Aedes aegypti

O alto número de casos confirmados e suspeitos de dengue em João Monlevade e cidades da região é alarmante, portanto, inspira cuidados essenciais. Apenas em João Monlevade, além de duas mortes em decorrência da doença neste ano, foram notificados 187 casos e 49 pessoas estão com dengue, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O Hospital Margarida atende centenas de pacientes de toda a região com sintomas da doença, inclusive, oferecendo todo o tratamento necessário para os casos mais delicados. Considerando que o número de casos de dengue costumam atingir o pico nos meses de abril a maio, ainda podemos prever aumento no número de casos suspeitos. A transmissão da dengue é feita por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, assim, é essencial controlar a proliferação deste mosquito, principalmente, nas áreas residenciais, onde estão mais de 80% dos focos, segundo a Vigilância em Saúde (VISA). Portanto, é importante tomar cuidados importantes para evitar a proliferação do mosquito vetor em todas as cidades da região. Outras doenças também transmitidas pelo Aedes aegypti, como Zika e Chikungunya, podem ter sintomas bastante semelhantes à Dengue, no entanto neste ano essas doenças estão sendo diagnosticadas com menor frequência.

Saiba mais sobre essa doença, que pode matar:

Sintomas da dengue: em geral, a dengue causa febre aguda com até sete dias de duração, acompanhada de outros sintomas como dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e articular, prostração e manchas vermelhas na pele, com ou sem sangramentos. Na criança pode ser assintomática ou apresentar sinais e sintomas inespecíficos, como febre, fraqueza, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.

Agravamento: a doença pode passar despercebida e o quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica. O agravamento em crianças é súbito, diferente do que ocorre no adulto, que é gradual e os sinais de alarme são mais facilmente detectados.  A gravidade e a letalidade da dengue são maiores em crianças, pois a doença pode causar queda na pressão e hemorragia. O aparecimento de vômitos persistentes, a queda repentina na temperatura do corpo, sangramentos, agitação ou sonolência, pele fria e pálida, diminuição da quantidade de urina, dor intensa na barriga e dificuldade para respirar são sinais de agravamento, que indicam a necessidade de procurar rapidamente assistência médica.

O tratamento da dengue é feito com hidratação e sintomáticos, habitualmente sem necessidade de internação nos casos em que não há agravamento. Pode ser feito em casa com medicação indicada pelo médico apenas para controle dos sintomas. O médico deve indicar os possíveis sinais de alarme que, quando presentes, indicam agravamento da doença e necessidade de reavaliação médica.

  Medidas de prevenção:

  • A principal medida de prevenção continua sendo o combate persistente ao mosquito transmissor da dengue. É fundamental ficar atento e evitar deixar água parada em recipientes de qualquer natureza, bem como manter qualquer depósito doméstico de água completamente fechado.
  • Proteja com telas as janelas e use mosquiteiros sobre os berços ou outros locais onde o bebê estiver. Também podem ser usados difusores repelentes elétricos ou em spray.
  • Com relação ao uso de repelentes, os produtos mais eficientes contra o mosquito da dengue são os que contêm icaridina (também conhecida por picaridina O repelente deve ser aplicado apenas nas áreas de pele exposta; não deve ser aplicado próximo dos olhos, boca ou em áreas de pele lesada. Pode ser aplicado sobre as roupas. Observe o período de ação do produto e reaplique-o conforme a recomendação.